No Brasil boa parte da população não conhece seus direitos e está abrindo espaço para quadrilhas agirem aproveitando-se da fragilidade das pessoas que têm familiares envolvidos em acidentes e recebendo os benefícios no lugar das pessoas lesadas.
A demora e a dificuldade no encaminhamento do seguro acabam levando pessoas a procurarem terceiros para agilizar o processo, porém, muitas vezes o dinheiro nunca chega às mãos de quem deveria ser o real favorecido, em outras, quando chega, os valores descontados são um tanto quanto abusivos.
Uma modalidade de ação no DPVAT, encontrada aqui mesmo, no Vale do Taquari é a de funerárias trabalhando em parceria com empresas que fazem o encaminhamento para que os envolvidos em acidentes ou os familiares recebam mais rápido o seguro.
O pagamento é feito à vista, através de uma empresa de Carazinho RS, que desloca seu funcionário para agir aqui na região, algumas funerárias daqui do Vale, tem colocado aos beneficiários do DPVAT que essa é a única forma de encaminhamento, pagam à vista os familiares e descontam uma comissão referente aos honorários, dos R$ 13.500,00 a que tem direito.
Pessoas que ficaram inválidas também têm direito a benefícios e em caso de morte no acidente, o herdeiro da vítima deve receber indenização.
Quando o acidente resulta em óbito, a fragilidade e a dor das famílias acabam abrindo espaço para que pessoas de má fé apliquem golpes. A vontade de receber logo o benefício sem precisar se envolver acaba levando familiares das vítimas a assinarem procurações, passando os direitos a terceiros. Em muitos casos as famílias nunca recebem o dinheiro.
O gerente do Guia DPVAT de Lajeado, Cristiam Gasparotto, afirma que o correto nestes casos é que a família da vítima escolha com quem irá encaminhar a documentação por conta própria, buscando mais de uma opinião sobre o assunto, inclusive não levando em consideração o que tem sido dito por muitas funerárias, que tem retirado os benefíciarios do velório, trazendo um representante do Tabelionato, e fazendo as pessoas assinarem os documentos necessários para repassar seus direitos.
A documentação necessária varia em cada caso, mas a família deve guardar os documentos da vítima, laudos médicos e documentos do veículo.
Após o acidente há um prazo de três anos para dar entrada no recebimento do seguro.
O valor do reembolso pelo DPVAT varia em casos de Despesas Médicas e Invalidez, podendo levar até três meses para ser liberado, já os sinistros de morte, com toda documentação de acordo, é liberado em apenas um mês, tendo seu valor fixado em R$13.500,00.
Nenhum comentário:
Postar um comentário